O crescimento e desenvolvimento do algodoeiro é controlado pelos hormônios vegetais que são sintetizados naturalmente pela planta. Os fitormônios atuam para melhorar a tolerância dos estresses bióticos e abióticos, crescimento da parte aérea e das raízes, melhor pegamento das estruturas reprodutivas, alongamento da fibra e resistência da fibra e senescência da planta.
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Os hormônios vegetais mais estudados na cultura do algodoeiro são as auxinas, giberelinas, citocininas, ácido abscísico, ácido jasmônico e etileno. Em seguida iremos relatar os principais efeitos desses fitormônios na cultura do algodoeiro.
-Auxinas: desempenham um papel crucial no desenvolvimento das raízes, dominância apical, diferenciação vascular, também tem papel fundamental no desenvolvimento da fibra do algodão, atuando no alongamento da fibra e no espessamento da parede celular da fibra.
-Giberelinas: é um hormônio que regula a germinação de sementes, o alongamento do caule e o desenvolvimento das maçãs. Também o melhor suprimento de giberelina melhora a elongação da fibra do algodão. A aplicação de ácido giberélico aumenta a concentração de auxina e ácido abscísico durante o estágio de desenvolvimento da fibra e também pode melhorar a resistência da fibra, micronaire, porém isso pode ser dependente das condições ambientais. Normalmente na cultura do algodoeiro são aplicadas moléculas que reduzem a síntese de giberelinas (cloreto de mepiquate), com objetivo de deixar a planta mais compacta, melhorar o pegamento de frutos e facilitar a colheita.
-Citocininas: atuam na divisão celular, senescência de tecidos e órgãos vegetais e dominância apical, também tem papel fundamental no desenvolvimento do óvulo. A citocinina é necessária principalmente para o desenvolvimento de sementes e desempenha um papel negativo no crescimento de células de fibra do algodão.
-Ácido abscísico: está envolvido principalmente na dormência das sementes e na resposta ao estresse. Também existe uma relação direta entre o teor de ácido abscísico nas fibras, e o índice de fibras curtas, sendo que a concentração de ácido abscísico é maior em fibras curtas.
-Ácido jasmônico: é biossintetizado a partir do ácido linolênico. O ácido jasmônico tem papel fundamental na resposta ao estresse abiótico e biótico, além de regular aspectos do crescimento e desenvolvimento das plantas, incluindo inibição do crescimento, desenvolvimento de tricomas, abscisão foliar e senescência. O ácido jasmônico também contribui para a iniciação da fibra de algodão.
-Etileno: atua principalmente na maturação dos frutos, além de desempenhar papel fundamental no crescimento das plantas, regulando processos como o desenvolvimento de pêlos radiculares, o crescimento do hipocótilo e a formação do meristema apical. Isso é um ponto importante uma vez que o maior volume de pêlos radiculares melhoram a eficiência na absorção dos nutrientes. O etileno também está associado ao maior alongamento da fibra.
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