Inicialmente é importante entender que a proteína da soja vem do processo de Fixação Biológica de Nitrogênio. Por isso que promover a FBN na soja é tão importante.

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O Brasil é o maior produtor e exportador de soja no mundo e essa posição traz muita responsabilidade aos produtores do grão. A importância da qualidade da soja está cada vez mais em pauta. O teor de proteína da soja é um importante fator que eleva os níveis de qualidade. É sobre isso que trataremos nesse texto: como aumentar o teor de proteína da soja brasileira.

A soja é formada por 40% de proteína, um percentual alto, que diz muito sobre a qualidade do grão. Afinal, quais ferramentas podemos usar para melhorar o teor de proteína na soja?

Como funciona a FBN na soja?

Para que esse processo forneça um bom desenvolvimento para sua lavoura, o nitrogênio precisa ser absorvido pelo nódulo, após isso, convertido em amônia e depois em amônio. Durante esse processo, o molibdênio age sobre uma enzima chamada nitrogenase, que ajuda na conversão desse nitrogênio em amônia.

Na próxima etapa, a planta precisa armazenar o nitrogênio que foi transformado em amônio, normalmente em forma de ureídeos ou aminoácidos. Esses ureídeos são transportados até a folha, onde a planta utilizará o nutriente para o seu desenvolvimento.

Nesse processo, é necessário ressaltar a importância do manganês, nutriente responsável por transformar os ureídeos em formas assimiláveis pela folha.

Avalie a nodulação da sua lavoura

Os nódulos são formados através dos pelos radiculares da planta, onde temos uma comunicação entre raízes e bactérias. Após esse contato, teremos uma simbiose onde ocorre a formação do nódulo. A planta fornece energia para o nódulo e o nódulo fornece nitrogênio para a planta.

Fase vegetativa: 8 a 10 nódulos por planta.

Reprodutivo: 15 a 30 nódulos por planta.

Nódulos inativos: possuem coloração esverdeada, podem estar assim por fatores ambientais ou deficiência de manganês.

Ativos: possuem coloração rosada ou avermelhada.

Mortos: possuem coloração cinza ou pretos e já não fixam mais o nitrogênio.

Coinoculação

A coinoculação é uma técnica de extrema eficácia para melhorar a fixação biológica de nitrogênio.

A interação entre as bactérias bradyrhizobium e azospirillum traz grandes benefícios para a planta, como: melhor desenvolvimento de raízes, maior sinalização entre planta e bactérias, nodulação mais rápida e consequentemente nódulos mais eficientes.

Dica: Azospililium tem capacidade de fixar N2 atmosférico em formas de N assimiláveis para as plantas. Utilizando a dose recomendada, estima-se um aporte de cerca de 30 kg/ha de Nitrogênio.

A quantidade de proteína influência na qualidade final dos grãos, por isso crescer em produtividade não é suficiente, o foco deve ser também na qualidade desses grãos produzidos. Para isso, os produtores devem estar preparados para esses novos desafios, que a cada dia terão mais impactos na rentabilidade final.