A nutrição equilibrada das plantas, além do evidente papel na produtividade, apresenta importância relevante na ativação dos mecanismos bioquímicos de defesa. As rotas metabólicas secundárias responsáveis pela produção de fitoalexinas, PR-proteínas, glicoproteínas compostos fenólicos dependem diretamente da disponibilidade de fósforo, nitrogênio, potássio, manganês, cálcio, entre outros.
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Como funciona o composto de defesa da planta?
Normalmente a ausência de doença nos estádios vegetativos é atribuída exclusivamente à ausência de inóculo. Embora seja verdadeiro, também é verdadeiro o fato de que nestes estádios as plantas são altamente eficientes na produção dos compostos de defesa. Em determinadas situações de lavoura, quando a fertilidade dos solos não é suficientemente alta ou mesmo devido a problemas relacionados ao melhor desenvolvimento radicular, as doenças “aparecem mais cedo” ou as folhas “caem mais cedo” o que normalmente é atribuído às doenças, mas esquecido que, certamente, a eficiência na produção destes compostos não tenha sido suficiente.
Em condições de baixa pressão de inóculo estes compostos são ainda mais importantes. Em tais situações os produtores retardam ou reduzem as aplicações, cabendo exclusivamente às defesas o papel de controle tanto dos patógenos principais, mas principalmente os secundários necrotróficos que também trazem prejuízos importantes à cultura.
Outro fator relevante é o fato de que plantas com nutrição equilibrada apresentam maior resposta às aplicações de fungicidas, tanto pela ação das defesas como pela maior possibilidade de rápida absorção dos fungicidas. A nutrição equilibrada tem papel fundamental na “construção” de plantas mais eficientes e produtivas, auxiliando não somente na proteção como no desempenho produtivo.
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