Em lavouras comerciais, a boa produtividade de grãos de soja e/ou sementes reflete diretamente na rentabilidade e lucratividade do produtor. Manejo com foco nos componentes de produtividade é ferramenta essencial e é por isso que hoje vamos abordar como o manejo na fase de enchimento de grãos pode ser mais responsivo, entregando peso, qualidade e rentabilidade.
Produtividade e qualidade do grão são determinantes para a rentabilidade dos sistemas de produção, especialmente se tratando de lavouras destinadas à produção de sementes, em que, são necessários bons atributos fisiológicos, genéticos, físicos e sanitários.
Nesse sentido, um dos períodos cruciais para a produtividade da soja é a fase da formação e enchimento de grãos. Esse período, compreendido de R5 a R6 é uma fase de rápido acúmulo de matéria seca e nutrientes nos grãos. Nessa fase, além da deficiência nutricional, o déficit hídrico pode encurtar a duração desse período, reduzindo assim o peso de grãos e a produtividade final da lavoura (Tagliapietra et al., 2022).
Além da sensibilidade da soja ao desequilíbrio nutricional e déficit hídrico, a fase do enchimento de grãos é marcada como período crítico à ocorrência de pragas e doenças, os quais podem causar danos diretos e indiretos na produtividade e qualidade dos grãos produzidos.
Figura 1. Fase de enchimento de grãos. Subdivisão do estádio R5 da soja na escala de Fehr & Caviness (1977) proposta por Yorinori (1996).
![Fase de enchimento de grãos](https://www.stoller.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Fase-de-enchimento-de-graos.jpg)
Durante o enchimento de grãos, diversos fatores bióticos e abióticos podem interferir na formação dos grãos de soja. Por ser considerada uma fase de rápido acúmulo de matéria seca e nutrientes nos grãos, a nutrição é um dos fatores de maior importância relacionado à formação dos grãos.
Durante essa fase, as sementes acumulam quantidade significativa de nutrientes, sendo eles macro – nitrogênio (figura 2), fósforo, potássio bem como micronutrientes – boro (B), cobre (Cu), manganês (Mn), molibdênio (Mo), cobalto (Co)* e zinco (Zn). O manejo correto na fase de enchimento impacta diretamente no incremento e qualidade do PMS/PMG (peso de mil sementes/grãos).
![Guia fases soja](https://www.stoller.com.br/wp-content/uploads/2020/09/Guia-fases-soja.jpg)
Conforme observado por Oliveira Junior et al. (2016), embora haja uma leve variação em função da cultivar, o acúmulo de nutrientes em soja, tanto de micronutrientes quanto de macronutrientes segue o mesmo comportamento observado na marcha de absorção do nitrogênio (figura 2), havendo um pico de absorção de nutrientes durante a fase de enchimento de grãos.
Figura 2. Marcha de absorção de micronutrientes em soja.
![Marcha de absorção de micronutrientes em soja.](https://www.stoller.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Marcha-de-absorcao-de-micronutrientes-em-soja.png)
Grande parte desses nutrientes é acumulada diretamente nos grãos (figura 4), nesse sentido, o desbalanço nutricional durante o enchimento de grãos pode não só afetar o crescimento da planta, como também o grão propriamente dito, impactando um dos principais componentes de produtividade da soja, o peso de grãos.
Figura 3. Marcha de absorção e redistribuição de boro em soja. Dados de lavoura de 6,6 ton ha-1 (110sc/ha).
![Marcha de absorção e redistribuição de boro em soja](https://www.stoller.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Marcha-de-absorcao-e-redistribuicao-de-boro-em-soja.jpg)
Ainda que varie em função do nutriente e cultivar, o comportamento de redistribuição de nutrientes em soja se assemelhada para a maioria dos nutrientes, havendo um incremento do acúmulo de nutrientes nos grãos de soja durante a fase de enchimento dos grãos.
Como alternativa para mitigar os efeitos do desequilíbrio nutricional nesse período deve-se usar algumas ferramentas de manejo, em especial soluções que apresentem em sua formulação um complexo de micronutrientes, e/ou macronutrientes, desde que, apresentem mobilidade no floema da planta para que possam ser translocados para os grãos.
Normalmente, fertilizantes foliares são empregados com esse intuito, possibilitando um ajuste fino na nutrição da soja. Desde que posicionados adequadamente, seguindo as orientações de manejo e as exigências da cultura, geralmente são observados efeitos positivos.
Os efeitos variam de acordo com o estado nutricional da soja e complexo de nutrientes empregados. Normalmente são observados benefícios ao crescimento vegetal e produtividade da cultura. Uma das ferramentas que cumpre esse papel é o Mover, considerado um complexo de nutrientes recomendado para fornecer nitrogênio, boro, cobre, molibdênio e zinco para a soja, melhorando a eficiência das plantas durante o enchimento de grãos e contribuindo para a melhoria de características como peso e qualidade de grãos.
Com uma formulação que contempla nutrientes envolvidos na fotossíntese, transporte de fotoassimilados, síntese de proteínas e enchimento de grãos, o Mover é absorvido pelas folhas, pelos ramos ou colmos e a parte da pulverização que cai no solo é absorvida pelas raízes.
Conforme recomendações de manejo, deve-se realizar a aplicação de Mover entre o estádio R5.1 e R5.3 (grãos perceptíveis ao tato, equivalente a 10% e 50% da granação respectivamente). A aplicação de Mover mobiliza os carboidratos da folha para as estruturas reprodutivas/colmos favorecendo maior enchimento e qualidade do produto final (Stoller, 2025) contribuindo para a melhora da formação desse componente de produtividade que é o peso de grãos (aumentando a tendência de maior rendimento da lavoura).
Vale destacar que, para uma melhor eficiência, o emprego de produtos nutricionais via pulverização foliar deve levar em consideração as demandas nutricionais da planta, o período de desenvolvimento da cultura e o equilíbrio nutricional do solo, visto que, em casos de deficiência nutricional severa, mesmo com a realização de aportes nutricionais via pulverizações, o nutriente em déficit pode limitar a produtividade da soja.
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