No artigo anterior eu te mostrei como melhorar o aproveitamento do nitrogênio durante a aplicação de nitrogênio na planta para aumentar os resultados do milho segunda safra.
Hoje, neste último artigo da nossa série, farei algo diferente:
- Farei recomendações técnicas sobre produtos que melhoram o aproveitamento do nitrogênio na folha de milho segunda safra.
- Revisarei com você os principais pontos que vimos até agora para que você tenha um guia do que precisa fazer a partir de hoje.
Não consegue ler agora? Aproveita então para ouvir a versão em áudio deste post no player abaixo:
Preparado? Então caneta e papel nas mãos para anotar as minhas recomendações.
Como aumentar o metabolismo de nitrogênio na planta?
Lembra que eu te falei que a chave é você saber primeiro quanto quer produzir?
Com base na sua meta de produtividade e na necessidade da planta por cada nutriente, é que faço as minhas recomendações:
No caso do Molibdênio recomendo 0,3 gramas para cada saca que você irá produzir.
Posso aplicá-lo com algum outro nutriente?
Sim, preferencialmente junto com o Zinco, outro micronutriente fundamental para o milho segunda safra. O ideal é aplicar via folha nas fases V4-V6 e V8-V10.
Outro ponto importantíssimo é lembrar que quem metaboliza o nitrogênio na folha é uma enzima chamada nitrato redutase.
Como aumentar a atividade da nitrato redutase na folha?
Com o uso associado de Molibdênio, Zinco e reguladores vegetais.
O sinergismo gerado por essa associação é fantástico chega a ser visual. E por último como gosto muito daquela frase “cada caso é um caso”, em muitas áreas, além da recomendação acima, recomendo uso de Manganês, Cobre, Boro e Nitrogênio via folha. Se quiser saber mais sobre como eu uso esses outros nutrientes na prática, estou à sua disposição, certo?
Bom, agora vamos recapitular tudo que vimos até agora.
Comecei essa série apresentando uma nova forma de pensar que pode reduzir custo e aumentar o seu lucro. Falamos da diferença entre os dois tipos de manejo da cultura do milho e as consequências de adotar cada modelo.
No manejo tradicional todo planejamento se baseia, exclusivamente, no preço e no híbrido que será usado. O resultado é a maior dependência no clima e no mercado, consequentemente neste manejo temos um menor lucro.
Já no novo manejo o planejamento da safra se baseia em 3 pilares: meta de produtividade, necessidade da cultura e sistema produtivo. E temos como resultado: maior possibilidade de lucro e uma menor dependência do clima e do mercado.
→ Anota aí: a forma que você planeja sua safra interfere diretamente no seu controle e no seu lucro!
O segundo post foi algo mais prático e eu te mostrei como uma simples equação pode reduzir o seu custo com nitrogênio. Partindo de um cenário proposto, vimos a diferença de resultado (custo por ponto de N) entre os dois tipos de manejo.
→ Anota aí: a quantidade de nitrogênio que você deverá fornecer para a planta é diretamente proporcional a sua meta de produtividade!
Já o terceiro falamos sobre retorno. Como aumentar o retorno do seu investimento melhorando o aproveitamento do nitrogênio. Você viu que uma coisa é você simplesmente aplicar um produto e outra coisa é você aplicá-lo com técnica… O manejo certo, na hora certa e do jeito certo.
Agora você já sabe que a chave para extrair mais nitrogênio e melhorar o seu aproveitamento na planta é focar em 3 pontos:
- Sistema produtivo
- Manejo adequado
- O que acontece dentro da planta
→ Anota aí: fornecer nitrogênio de diferentes formas e nos momentos certos da sua cultura é a chave para você ter maior produtividade e lucro!!
Bom, eu dividi com você boa parte do que sei sobre nitrogênio e de como ele é determinante para você produzir mais e melhor. Agora você já sabe que é possível sim lucrar muito mais simplesmente melhorando o seu conhecimento sobre o nutriente.
Qual o seu próximo passo agora? Transformar nitrogênio em lucro.
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