Aumentar a rentabilidade do canavial não é tarefa fácil para usinas e fornecedores, por isso, maximizar a produtividade e aumentar a perenidade do canavial são os caminhos a serem seguidos para quem busca maior lucro na operação agrícola.
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Atualmente o setor passa por uma estagnação na produtividade média da cana de açúcar. Analisando a série histórica dos canaviais do Brasil, fica evidente que pouco avançamos em aumentos substanciais em produtividade, ao passo que a complexidade em obter maiores margens aumenta, seja pelo maior custo em tratos culturais (tratos culturais, colheita, arrendamento etc.) ou até mesmo pelas baixas no preço do açúcar e etanol.
Vários são os fatores que limitam a produtividade do canavial: pragas, doenças, deficiências nutricionais, estresses, aumento de falhas etc. Esses mesmos fatores ao reduzirem a produtividade irão impactar negativamente na perenidade do canavial, reduzindo a vida útil do canavial.
E quais são as consequências na redução no número de cortes do canavial? A primeira consequência direta é um menor período para diluir os gastos com a implantação, aumentando os custos da lavoura. Mas não basta apenas prorrogar a reforma do canavial, é necessário que a produtividade ao longo dos cortes não tenha uma queda acentuada e se mantenha em patamares rentáveis.
É POSSÍVEL AUMENTAR A PERENIDADE DO CANAVIAL?
A cana-de-açúcar é uma planta perene, que perde produtividade ao longo do tempo devido a condução de manejo e condições ambientais durante os cortes. Cada colheita é como se fosse uma colheita de frutos, e que a perda de produtividade do canavial e consequente de valor econômico ao longo dos ciclos, se dá por meio da depreciação do canavial.
Ao se observar casos de sucesso entre fornecedores e usinas que mantém produções altas aliado a canaviais com maior longevidade, é possível observar que o grande fator de sucesso é o MANEJO ciclo após ciclo, com foco em tornar o canavial perene. Assim, diante dessas evidências, surge no mercado um novo conceito para o setor sucroenergético o CANA PERENE, onde, através de tecnologias trabalharemos os componentes de produtividade aos longos dos ciclos.
ESTRATÉGIAS PARA TORNAR O CANAVIAL PERENE
O manejo de sucesso dos canaviais passa pela maximização dos componentes de produtividade, a fim de conseguir o maior TAH (Toneladas de açúcar por hectare). Tais componentes são: número de colmos por hectare, peso de colmos e qualidade da matéria-prima (ATR).
Os componentes precisam ser manejados ao longo do ciclo e para isso é necessário entender quais fatores interferem em cada um deles. O manejo de colmos/ha se inicia com um bom plantio, que por sua vez depende do preparo de solo adequado, boa qualidade das mudas, correção do solo, nutrição adequada no plantio e garantir que as gemas ali plantadas brotem, perfilhem e enraízem adequadamente. Já o peso de colmos é diretamente influenciado pela capacidade da cana-de-açúcar em realizar o processo de fotossíntese, que por sua vez está diretamente ligado ao nível de estresse da planta e sua condição nutricional. Juntos, colmos/ha e peso de colmos irão compor o TCH do canavial.
Por fim a qualidade da matéria-prima (ATR) dependa da condição de crescimento da cultura (quantidade de colmos maduros), sinalização ao processo de maturação (que pode ser ambiental ou química) e capacidade em translocar os fotoassimilados para o colmo.
Ao longo dessa séria sobre o CANA PERENE nosso compromisso é trazer para você produtor, como maximizar esses componentes para alcançar o canavial produtivo e perene. Até lá!
Quer saber mais? Assista nossa série de lives sobre o Cana Perene!
E ouça nosso podcast com Caio Piza, Supervisor de Desenvolvimento Técnico na Raízen, e Evandro Ferronato, que atua como Desenvolvimento de Mercado de Cana-de-açúcar pela Stoller, sobre as boas práticas na produção e manejo da cana-de-açúcar que elevam a sua longevidade.
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